segunda-feira, 4 de junho de 2007

História


Data de Fundação: 2 de Junho de 1914 Endereço: Av. João Pessoa 3532, Porangabussu. CEP: 60435-680 Cores: Preto e Branco Apelido: Vozão Mascote: Vovô Estádio: Carlos de Alencar Pinto - Vovozão (5.200) Uniforme Nº 1: Camisa com listras verticais em preto e branco; Calção preto e Meias pretas. Uniforme Nº 2: Camisa branca, Calçao Branco e Meias brancas. Nasce uma Paixão
Terça-feira, 2 de junho de 1914, Luís Esteves Júnior e Pedro Freire, dois bons moços da sociedade caminhavam à conversar diversos assuntos, destacadamente política internacional. Depois de muitas conversas, Pedro passou a chutar uma pedrinha no meio do caminho, fato ainda sem confirmação, onde originou uma conversa sobre o foot-ball, surgindo a idéia de formar um time deles próprios. A proposta ganhou densidade quando a dupla encontrou colegas no refinado Café Art-Noveau (major Facundo com Guilherme Rocha). No mesmo dia, os rapazes se reuniram na residência de Luís Esteves, Rua do Trilho nº 6 (atual Tristão Gonçalves, numa casa que acabou demolida em 2004 para a construção do Metrofor). Eram 24 pessoas, às quais escolheram como nome do team, Rio Branco Foot-Ball Club. Com camisas de cor Lilás e calções brancos, semelhantes atualmente ao da Fiorentina de Itália, que foi fundado em 1926 e cujas vestimentas, portanto, não influenciaram as cores do time cearense, como de forma de errônea o site oficial divulga. Gilberto Gurgel, comerciante da Praça do Ferreira, foi escolhido o primeiro presidente. Gilberto promoveu uma coleta entre os associados, para arrecadação de fundos para a compra de uma bola oficial nº 5. Obtiveram 22 mil réis, uma quantia que mostrava uma boa condição social dos fundadores do clube. As despesas e o aluguel da sede eram rateados entre os sócios e atletas, os quais nas partidas se confraternização com comes e bebes. Exato um ano depois (1915), em assembléia optou-se em alterar o nome da equipe para Ceará Sporting Club, e em virtude das dificuldades de se obter ternos da cor lilás(que desbotavam, facilmente), mudou-se as cores do uniforme, o qual passou a ter camisas com listras verticais em preto e branco e calções brancos(depois os calções passaram a ter a cor preta). O Sobrinho de Luis Esteves, Geraldo Quevedo Esteves confirmou toda a história de fundação do Glorioso Vozão com o tio, menos o episódio da “pedrinha”, talvez um fato folclórico. O Certo, contudo, é que com aqueles meninos nascia um time detinado a ser uma lenda, amor maior de milhares de pessoas e uma das maiores glórias do nordeste brasileiro. Não se sabe bem o porquê da escolha do nome Rio Branco. Provavelmente uma homenagem ao Famoso Diplomata brasileiro Barão do Rio Branco falecido em 1912. O nome, contudo, reflete perfeitamente a dureza, as dificuldades da época e as esperanças de um futuro melhor; queria-se um Rio Branco de águas limpas, transparentes para se banhar, aproveitar o vento e o sol. O nome Ceará relaciona-se a um aumento do regionalismo, uma conseqüente desilusão do Belle Époque, advinda com a I Guerra Mundial. As cores alvinegras evidenciavam igualmente ao momento: O branco da paz, a que homens almejavam naquele instante de guerra, mais ainda; quanto ao preto, há uma significância toda especial: sabe-se que tal cor, por séculos associada ao luto e a morte, foi transformada pela nobreza absolutista da idade moderna e sobretudo pelas elites num tom solene de elegância, gala, luxo, força, poderio, aristocracia. Assim temos no Ceará Sporting Club o poder, a nobreza e a ternura reunidos numa mística fenomenal. A fórmula da vitória e do sucesso, sem dúvidas. Ceará é o clube cearense melhor colocado no Ranking da CBF, ocupando o 23º lugar geral com 888 pontos. Além de ostentar a melhor classificação de um clube cearense em um campeonato brasileiro da Série A: o alvinegro foi o 7º lugar em 1985. Copa do Brasil de 1994 se não fosse o Godói
Nos anos 90 o Ceará conseguiu uma façanha incrível: desclassificou da Copa do Brasil o então bicampeão brasileiro, o Palmeiras (time de Edmundo, Evair, César Sampaio, Mazinho etc.). Na seqüência, o alvinegro despachou o Internacional de Porto Alegre e chegou, pela primeira vez, à final de um título nacional. A equipe acabou perdendo o último jogo para o Grêmio, no estádio Olímpico. É nacessário lembrar que o alvinegro foi terrivelmente prejudicado por um pênalti (clamoroso) não validado (por Oscar Roberto de Godói) e que até os dias de hoje rende comentários na capital do estado. Em caso de conversão desse pênalti (30 minuntos da etapa final) o time cearense jogaria pelo empate durante os quinze últimos minutos. Mas o vice-campeonato de 1994 deu ao Ceará o direito de disputar sua primeira competição internacional, feito ainda não repetido por clubes cearenses: a Copa Conmebol, em 1995. Copa Conmebol de 1995 Quase deu pro vozão
O Ceará Sporting Club foi o único time do Estado a participar de uma competição internacional a Copa Conmebol que é representada pelas equipes que não conseguiram vaga para a Libertadores da América. O feito foi conseguido depois da brilhante campanha de 1994 quando o Ceará se tornou vice-campeão da competição mais democrática do País e a segunda mais importante, a Copa do Brasil. Apesar de ser eliminado na primeira fase o Alvinegro saiu invicto da competição. No primeiro jogo no Castelão o vozão ganhava o jogo do Corinthians por 1 x 0 (gol do sózia de Edmundo, Fábio) até os 40 minutos do segunto tempo, quando o zagueiro Oliveira cometeu uma penalidade convertida por Marcelinho Carioca. No segundo jogo no Pacaembu. o Corinthians fez 1 x 0 e todos ja pensavam o pior quando o vozão, numa reação incrível, virou o jogo pra 2 x 1 em apenas 5 minutos (com gols de Sérgio Alves e Márcio Alan). O vozão segurava o resultado, até que aos 38 minutos do segundo tempo o Corinthians empatou e levou o jogo para as disputas de pênaltis. O vozão acabou perdendo por 7x6 (Fernando César e o Goleiro Anselmo, perderam suas cobranças), mas saiu invicto da competiçao e com a cabeça erguida pelo bom bom futebol apresentado nos dois jogos contra o timão.  Ceará 1x1 Corinthians (Castelão) gols Fábio (Ceará) Marcelinho Carioca (Corinthians)  Corinthians 2x2 Ceará (Pacaembu) gols Sergio Alves, Marcio Alan (Ceará) Marcelinho,Clovis(Corinthians) Nos pênaltis Corinthians 7x6 Ceará Curiosidades Os 1000 Jogos de Pelé
Dentre inúmeras histórias de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, houve uma que foi escrita em terras alencarinas. Na ocasião, há mais de 30 anos atrás, Pelé enfrentou o Mais Querido time do estado naquele que seria seu milésimo jogo com a camisa do Santos. Apesar de ser uma ocasião especial, o alvinegro paulista não teve moleza e se deparou com um Vozão aguerrido. Mesmo saindo perdendo no primeiro tempo, por 1 x 0, com um gol justamente do Rei (o 1.015º da sua carreira), o Vozão voltou a campo determinado a virar o placar e assim o fez, ganhando do Peixe por 2 x 1 de virada com gols de Samuel, aos 17 minutos, e Da Costa (de cabeça), aos 30 minutos da etapa final. “Já tava no finalzinho do jogo, o placar era 1 x 1 porque o Samuel tinha empatado por nós no começo do segundo tempo. A jogada foi assim: Samuel ou Edmar, não lembro direito, meteu uma bola pro Jorge Costa na ponta-direita, o Jorge ganhou na carreira do Rildo (lateral esquerdo do Santos), foi na linha de fundo e cruzou. Eu ameacei ir na marca do pênalti e voltei... O Carlos Alberto subiu mas eu subi na frente dele e cabeceei, a bola bateu no pau-da-trave e entrou lá no cantinho. É um gol que guardo comigo até hoje”, relata Da Costa, autor do gol da vitória alvinegra. Da Costa conta ainda de uma curiosa aposta feita por Paulino Rocha na época. “Eu vou relevar coisa que pouca gente sabe: O Paulino Rocha desceu lá nos vestiários durante o intervalo e me disse: Da Costa, eu apostei com o Rolim (torcedor rival) e se você fizer o gol da vitória, eu lhe dou o dinheiro todinho da aposta! Pois ele me deu tudo... era 3 mil cruzeiros, era muito dinheiro na época”, relatou o ex-jogador alvinegro. A partida foi realizada no dia 3 de Novembro de 1972 e foi presenciada por um grande número de torcedores que abarrotaram as arquibancadas do Presidente Vargas, cerca de 35.752 pagantes. Ficha técnica: Ø Ceará 2 x 1 Santos Data: 3 de Fevereiro de 1972 Local: Estádio Presidente Vargas Público Presente: 37.752 Gols: Pelé (1.015º), Samuel 17' e Da Costa (C) 30'/2º Ceará: Hélio, Paulo Tavares, Odélio, Mauro Calixto, Dimas, Edmar, Joãozinho, Nado, Jorge Costa, Samuel e Da Costa. Santos: Joel Mendes, Turcão, Paulo, Altivo, Murias (Vicente), Léo, Pitico, Roberto Carlos, Afonsinho (Edu), Pelé e Ferreira. Vozão? Por que? Por que o alvinegro leva esse apelido?
A muitos, talvez a maioria, possa parecer que o cognome Vovô, ou Vozão, se deva ao fato do Ceará Sporting Club ser o mais velho clube do estado. Enganam-se. Depoimento do Senhor Aníbal Câmara Bonfim, um dos fundadores do América Futebol Club em 1920, esclarece o fato. Conta o dirigente que os meninos americanos, empolgados, costumavam treinar no campo do Ceará. O presidente do Ceará na época, Meton de Alencar Pinto, simpático a rapaziada do outro clube que surgia na cidade, começou a tratá-los de “meus netinhos”. Quando se deparava com os garotos do América, se exercitando no campo alvinegro, Meton Brincava: “Vamos, meus netinhos, vamos aprender bem para açoitar o Fortaleza. Mas respeitem o Vovô aqui”. E foi assim, por conta disso que desde então, há mais de 80 anos, o Ceará começou a ser chamando de “Vovô”, título que lhe deu o seu próprio presidente, Meton de Alencar Pinto e que o América se encarregou de divulgar através do tempo.
Ø Fonte: www.wikipedia.org

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